sábado, 25 de abril de 2009

Intervalos



Estou cativa numa sensibilidade inerente,esqueço-me aqui enquanto em algum lugar o pensamento procura resgatar forças para "deixar"...

Sobre os degraus da escada do meu quintal deleito-me em meus pensamentos libertos em torno de pedaços de tempo de vida.Tempo....constituido por seus acontecimentos ocorridos um após o outro,também constituído pelo intervalo da separação dos dois acontecimentos,pela
quantidade desse intervalo, a duração.
Definição óbvia,forte,posso então fazer meu tempo?Diminuir o intervalo do acontecimento?Como está então o tempo que estava antes do intervalo?Absorvo dia após dia o passado em meus olhos,enquanto meu olhar o prende no presente mas dentro algo pede para liberta-lo.
Tempo sobre tempo,tem sido longo o presente preso sobre o passado,passe então,gire seus ponteiros,retire seus pontos e virgulas.Retomando a razão,a força fraca vem do silêncio,sem palavras não há fases,somente absorção do futuro que passou e que passa pelo presente agora,conduzindo-me lentamente com seus intervalos ao futuro,antes,agora e depois....

terça-feira, 7 de abril de 2009

Fim...


Sinto o frio do fim, angustiosa vida leva-te junto ao vento do esquecimento, contemplo o enegrecer do dia, vejo e sinto de sua presença uma vaga aparição, o coração frêmito enquanto balbucio palavras sem sentido. O contemplar destes pensamentos longe dos ideais,torna-me entrefechada , deleito-me sobre o acalento dos "desamados", enquanto sinto-me aliviada por não abrir-me, despejar-me dos meus tolos sonhos a dois.
O quotidiano vazio faz parte de uma vida renunciada pelo medo, medo da felicidade almejada e não obtida, a mascara desde então machucam esta face, alegra-me apenas saber que estás à procura de algo que não tem incluído o peso do passado. Está-se feliz alegro-me então por ti, vejo seus olhos pendidos, acho que já estão longe, ao falar-lhe sinto sua distância. Vá.Voe para longe de seu passado sem sentido, siga em busca de seu eu encontrado e não ao eu desprezível e sem final, sonhe, enquanto sonho seus sonhos,contemplo suas vitórias e sorrio tristemente,prometo-me não deleitar-te em letras escritas e extinguir o sentimento para que sigas, hoje cessam todas as palavras sobre esta música, somente contemplarei de longe a formosura do inatingível, olhos, mãos,face,corpo,alma, não se importe com o forma que o olhar, puro querer vindo da alma, sentimento guardado em lugar restrito, ninguém sabe de certo se está ou não aqui, vivo ou morto, vivíssimo,tenho certeza que não sairá,porém não há de ser citado em vida ou em textos.
Sentimentos.................. se apagarão da escrita, da demonstração em atos, enterrou-se vivo, porém dos olhos será difícil retirar sabes bem as expressões desta disfarçada face.

domingo, 5 de abril de 2009

Silêncio..


Psiu.Não digas nada,torne silêncio o romance perfeito, com dor dissolvem lembranças boas ao vento,fazes em atos,publicas a todos sabendo que o mar leva suas águas mais profundas a beira da praia,afogue suas delícias para que outro ser não se consuma em águas salgadas,águas próprias que escorrem pela face,continue a esconder-se enquanto outro ser também se confidencia pelas noites nestas letras,letras cruéis e confusas.Silêncio.Sentimentos revertidos são como mortes em culturas passadas,colocado ao barco e lançado ao mar,dor infinda,busca incessante,planos que secam o pensamento,objetivos que se formam automaticamente quando acordado,o passado transforma-se em futuro mas agora,a semente que foi plantada criou e deu frutos,porém seca-se na secura da verdade do esquecimento.Essa noite as águas estão jorrando na incerteza desta certeza, sua voz soa tão abertamente,isso vem de dentro?Então viva a lançar-ce em seu pobre eu,enquanto este outro ser vive a contemplar sua vida através de letras,tristes,talves prazerosas a ti,no entanto somente apagam a "esperança"de suas lembranças e a imagem de seu lindo rosto ,a imagem de um romance perfeito.