quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009


Sempre chega a hora da solidão
Sempre chega a hora de arrumar o armário
Sempre chega a hora do poeta a plêiade
Sempre chega a hora em que o camelo tem sede
O tempo passa e engraxa a gastura do sapato
Na pressa a gente nem nota que a Lua muda de formato
Pessoas passam por mim pra pegar o metrô
Confundo a vida ser um longa-metragem
O diretor segue seu destino de cortar as cenas
E o velho vai ficando fraco esvaziando os frascos
E já não vai mais ao cinema

(...)
Os carros na minha frente vão indo
E eu nunca sei pra onde
Será que é lá que você se esconde?
A idade aponta na falha dos cabelos
Outro mês aponta na folha do calendário
As senhoras vão trocando o vestuário
As meninas viram a página do diário
O tempo faz tudo valer a pena
E nem o erro é desperdício
Tudo cresce e o início
Deixa de ser início
E vai chegando ao meio Aí começo a pensar que nada tem fim...



Os avessos do ponteiro Ana Carolina









2 comentários:

Luciana Cecchini disse...

tempo, tempo tempo. Tema eterno que se acaba. Se esvai. Simples complexo inacabado.
Gostei muito daqui e de suas letras. E fiquei feliz que me segues, agora. Tbem vou te seguir...
Bjo,
Luci:)))

Aliny Cristina disse...

Obrigada,acompanho suas palavras com admiração;