Não tenho uma palavra a dizer. Por que não me calo, então? Mas se eu não forçar a palavra a mudez me engolfará para sempre em ondas. A palavra e a forma serão a tábua onde boiarei sobre vagalhões de mudez. (Clarice Lispector)
sexta-feira, 6 de março de 2009
Notas..
...Toquei meu singelo instrumento hoje, e em meu sopro sobre a doce flauta derramei todos os sentimentos ocultos cravados em mim, senti a liberdade enquanto o grito em notas se espalhavam transmitindo o som pelos cômodos da casa. As notas saiam como nunca em um som melancólico e desesperado, pareciam até que ao saiarem pela janela sobrevoando calmamente iam ao encontro dos próximos compassos, e assim retornariam com o arranjo completo, com as notas que preenchessem esta melodia em súplica. As notas que soam como gritos a fim de trazer a paz para a mente que se desvairava e que entorpece o caminho.Não há escrita em enigma que decifrem, talvez nem mesmo o único decifre, o silêncio em palavras deixam no ar o que deve ou não ser dito, mentiras, verdades, não sei. Na dificuldade deste arranjo lembro-me das partituras passadas, notas limpas tocadas com amor, dedicação, estudava em todos os aspectos a melhor forma de conduzi-las e soá-las a fim de que meus concertos procedessem perfeitamente a sua simplicidade,porém nem sempre havia agrado da platéia que a contemplava, ou talvez eu tenha esquecido as apogiaturas, eram tão pequenas que as deixei para trás mesmo sabendo que tornariam mais bela a musica entoada,estudaria novamente, se soubesse onde estão,as folhas na qual se encontravam tornaram-se velhas e as perdi,tenho ainda a melodia em minha mente,em minh'alma, porém não posso expressá-las e transmiti-las a uma nova folha, ainda não sei escrevê-las sem rasuras,mas as notas soam vivíssimas em meu interior, e aqui ficarão até que haja sabedoria para uma boa escrita.
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2 comentários:
Bom dia!
Sobre este blog, só digo uma coisa:
Merece a pana ser seguido.
Um beijo
Filomena
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