quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Amiga


Deixa-me ser a tua amiga, Amor,

A tua amiga só, já que não queres

Que pelo teu amor seja a melhor,

A mais triste de todas as mulheres.

Que só, de ti, me venha mágoa e dor

O que me importa a mim?! O que quiseres

É sempre um sonho bom! Seja o que for,

Bendito sejas tu por mo dizeres!

Beija-me as mãos, Amor, devagarinho ...

Como se os dois nascêssemos irmãos,

Aves cantando, ao sol, no mesmo ninho ...

Beija-mas bem! ... Que fantasia louca

Guardar assim, fechados, nestas mãos

Os beijos que sonhei prà minha boca! ...
 
               Florbela Espanca. Livro de mágoas.Imagem: Google.com

Um comentário:

Rosemildo Sales Furtado disse...

Olá amiga! Entre ventos passo para te cumprimentar e dizer que foste muito feliz quando na escolha deste belo poema da Florbela Espanca. Parabéns!

Aproveito a oportunidade para te comunicar a criação do nosso novo espaço: “Literatura & Companhia Ilimitada” http://literaturacompanhiailimitada.blogspot.com/ , (ainda em formação, mas, já com as primeiras postagens) criado com o objetivo de ampliar à divulgação da História da Literatura Mundial e de tudo aquilo que venha contribuir para o crescimento cultural daqueles que o desejarem, assim como, acrescentar mais uma fonte de pesquisas.

Ficaríamos muito felizes e agradecidos de poder contar com a tua visita e, se possível, sermos agraciados com a tua opinião/sugestão, pois, a continuidade ou a solução de continuidade do mesmo dependerá do parecer daqueles que por lá passarem honrando-nos com a visita.

Beijos e que DEUS nos abençoe.

Furtado.